Divergente –
Resenha
Há pessoas que leram Divergente em apenas um dia. Eu
passei mais de uma semana pra ler 60 páginas, mas apesar de a leitura ser bem
complicada no início, sentia que havia algo me dizendo para não desistir. Por
volta da página 60 comecei a devorar esse livro tão incontrolavelmente que cheguei
a ler 200 páginas em menos de 24hs. Passei algumas madrugadas sem dormir, até
terminar. E quando terminei, oh MY GOD! Uma sensação horrível de tristeza,
saudade, por ter acabado, mas de felicidade por ter acabado. Kkkkkk… Vai
entender as emoções de um leitor!
Diferente de outros livros que resenhei, não posso dizer que Divergente
foi fofo, ou lindo. Foi simplesmente INCRÍVEL. E não há outra palavra que
descreva melhor. Veronica Roth – a autora – conseguiu
unir suspense, raciocínio, aventura, e fazê-lo apaixonante! Com certeza entrou
para minha lista de queridinhos.
No começo tive preconceito em ler algo tão diferente do meu estilo
habitual, mas resolvi arriscar por ver como foi bem vendido, tão bem aceito. E
sinceramente me surpreendi comigo mesmo! Nas primeiras páginas somos
apresentados aos problemas da história, e então quando esses problemas começam
a se complicarem, entra um romance. E eu sou uma romântica! Kkkkkk…
A história se passa em uma versão futurista da cidade de Chicago, onde a
sociedade se divide em cinco facções. Essa é uma sociedade com diversas regras,
mas quando os jovens chegam aos 16 anos, têm o ‘livre-arbítrio’ de escolher à
qual facção desejam ter seu futuro ‘predestinado’. Com isso, há um teste que
sugere à qual facção a pessoa melhor se encaixa, e é natural que sua escolha
seja para a facção sugerida (na verdade, pré-estabelecida). Há uma
cerimônia para a escolha definitiva e, após essa escolha, os jovens mudam-se
para suas novas facções e não podem mais voltar a viver nas facções de
origem. Após essa escolha, eles não se tornam oficialmente membros das
novas facções, pois passam por um processo de iniciação e preparação que
determinará quem realmente será oficializado membro. Os que não se tornam
membros, por não poderem voltar às facções de origem, tornam-se ‘sem-facção’,
uma parcela excluída da sociedade (miseráveis).
Beatrice é uma jovem de apenas 16 anos, integrante da facção Abnegação,
e em seu teste de aptidão acontece algo extremamente incomum: ela não se
encaixa precisamente em uma facção, mas em três! E isso pode parecer
maravilhoso, mas é extremamente perigoso e é o que coloca a vida dela em risco
constante até o fim da história. Ela é uma Divergente.
No processo de iniciação em sua nova facção, ela muda de nome para Tris
e conhece um rapaz que, além de ser seu instrutor, se tornará um grande amigo,
Quatro. No decorrer da história acontece uma série de coisas que os aproxima e
desperta em Tris um forte desejo por Quatro.
Tris agora tenta fazer de tudo para não tornar-se uma sem facção, não
pode dividir com ninguém seu segredo de ser uma Divergente, precisa descobrir o
que é ser isso e porque, tem que lidar com esse desejo crescente por Quatro,
precisa livrar-se da morte… Apesar de em sua nova facção ter mais liberdade de ser
ousada, usar tatuagens e fazer ‘coisas loucas’, vive em constante
perigo em situações com armas, facas, lutas. Ela precisa ser forte,
desconfiar de tudo e de todos (e descobrir em quem confiar), aprender a
controlar as emoções e a ser mais racional, principalmente porque percebe que o
sistema das facções é falho e há corruptos no poder. Uma sociedade tida como
perfeita, mas com um conflito que poderá vir a destruí-la.
O que você faria se fosse a Tris? É uma pergunta intrigante do começo ao
fim da história. Será que seria forte o bastante?
Acredito que qualquer coisa à mais que eu venha a falar, será spoiller.
Simplesmente LEIA este livro e viva todas as aventuras da Tris e do Quatro,
sendo tão transformado quanto eles foram. A vida real nos obriga a decidir
entre nos transformarmos ou desistirmos, isso também é a vida real da Tris.
Boa leitura!
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